SÃO PAULO - Em fevereiro, foram registrados quase 800 mil casos de dengue no Brasil, segundo o Ministério da Saúde - e, infelizmente, a estimativa é que tais números alcancem os milhões até o final do ano. A doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti pode ser fatal, e já foram registrados mais de 15 óbitos no estado de São Paulo. Alertamos aos associados e familiares a importância da prevenção e conscientização em mais um momento delicado na saúde pública.
A vacina contra a dengue está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) nas cidades com maior incidência da doença, com público alvo pessoas de 10 a 14 anos. A expectativa é quando ocorrerá a ampliação nas faixas etárias. Portanto, por enquanto o melhor remédio é seguir à risca os cuidados contra a proliferação do mosquito e ir além: conversar com vizinhos e familiares é essencial.
É sabida a importância de erradicar a água parada dos ambientes, pois o mosquito se reproduz nestes locais com rapidez. Além disso, o uso do repelente é fundamental para todas as idades para evitar a contaminação e a disseminação do vírus. O mosquito que suga o sangue de alguém contaminado pode repassar para outras pessoas ao redor.
SINTOMAS - Atente-se a sintomas como dores musculares e articulares, febre alta, feridas na pele, dor de cabeça, náuseas, tremores e dores locais. Em alguns casos, os mais graves, há hemorragia e é preciso ir imediatamente ao pronto-socorro pois o choque hemorrágico pode ser fatal. Quando há a infecção pela segunda vez, o quadro tende a piorar, e é possível ser infectado até quatro vezes pois há quatro sorotipos da doença.
Testes de farmácia para a detecção do vírus estão disponíveis nas drogarias, e a orientação é que a pessoa com suspeita esteja há pelo menos três dias com sintomas.
INFORMAÇÕES FALSAS - Assim como acontece com outras doenças nos últimos anos, a dengue também é alvo de fake news nas redes sociais. Há quem espalhe que usar própolis, tomar suco de limão, suplementos de vitamina C e até mesmo caldo de cana seja bom para o tratamento da dengue. Tais notícias são falsas. Especialistas reforçam que não é aconselhada a automedicação nem ao menos quando há suspeita da infecção. Um exemplo é a contraindicação do uso de remédios como aspirina, prednisona, ibuprofeno e hidrocortisona, comuns no combate aos sintomas que a dengue produz.
Além da prevenção, caso haja a suspeita de dengue, é necessária a hidratação constante do indivíduo. No caso de enjoo, é preciso procurar atendimento médico para a administração de fluidos.
Fonte: Letícia Cruz _ Afubesp