São Paulo – Há exatos 25 anos, em 20 de novembro de 2000, o Brasil acompanhava um dos episódios mais marcantes da história econômica nacional: o leilão que entregou o Banespa, banco símbolo do desenvolvimento paulista e da proximidade com o servidor público, ao capital estrangeiro.
O Banespa não era apenas uma instituição financeira. Para milhares de bancários "banespianos", representava uma escola, uma família e um espaço de convivência. O BANESPA (Banco do Estado de São Paulo S.A.), se destacava pelo atendimento humano, onde cada cliente tinha nome e história. O orgulho de vestir a camisa e participar das integrações esportivas e culturais permanece vivo na memória coletiva.
Com a chegada do Santander, o cenário mudou. A lógica do lucro passou a se sobrepor ao cuidado com as pessoas. A sobrecarga, a insegurança e a precarização tornaram-se rotina. Onde antes havia um banco voltado ao desenvolvimento social e econômico, instalou-se uma engrenagem movida pela rentabilidade – uma “máquina de moer gente”, como descrevem os banespianos.
Apesar da privatização, os valores do Banespa continuam públicos e pertencem à memória de todos que o construíram com dedicação e ética. É nesse espírito que a Afubesp organiza, no próximo dia 29 de novembro, um grande reencontro no Esporte Clube Banespa. O evento terá confraternização com churrasco, lembranças especiais e, sobretudo, a emoção de rever colegas e reviver histórias que o tempo não apagou.
“O Banespa pode ter mudado de nome, de dono e de perfil. Mas o espírito banespiano segue firme e resistente como sempre, humano como nunca”, destaca a entidade organizadora.
Contexto
- Data histórica: Dia 20 de novembro de 2000 – leilão de privatização do Banespa.
- Impacto: mudança de perfil do banco, da coletividade para a lógica de mercado.
- Memória viva: orgulho dos bancários banespianos e resistência cultural.
- Evento comemorativo: Dia 29 de novembro de 2025, no Esporte Clube Banespa.
Da Redação _ Com informações de Letícia Cruz (Afubesp)
