SALVADOR (BA) - Uma simples pesquisa nos buscadores da internet, mostra a real situação da Central Nacional Unimed (CNU) pelo país – descredenciamento em massa de hospitais, profissionais e laboratórios, devido à crise financeira pela qual tem passado.
Isso atinge diretamente os banespianos que moram fora de São Paulo, afinal, a Cabesp tem contrato firmado com a Unimed como convênio reciprocidade nos estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Sergipe, Tocantins, além do Distrito Federal.
As atuais notícias vêm de Salvador e Itabuna (BA). Na última quarta-feira (14), a Santa Casa de Itabuna informou que não atende mais pacientes da CNU, por descumprimento contratual. Em Salvador, o diretor da Afubesp e sócio-fundador da Cabesp, Osvaldo Laranjeira, conta que, desde junho passado, o atendimento aos conveniados foi suspenso no Hospital São Rafael, um dos mais tradicionais da capital baiana.
“Este hospital era o único que atendia às nossas necessidades de saúde. O insuficiente e precário atendimento da Unimed, tem causado sofrimento para mais de 90 vidas – entre aposentados, dependentes e familiares – usuárias do plano”, denuncia o diretor, que já havia solicitado atenção da diretoria da Caixa Beneficente para a assistência médica da Bahia, durante a AGO, realizada em março deste ano, na Casa Portugal.
Após receber as denúncias, a Afubesp cobrou posicionamento da Cabesp perante este cenário preocupante. “Reivindicamos providências diante de tantos problemas de suspensão dos atendimentos. Em resposta, a gerente de operações do plano afirmou que o recém inaugurado Hospital Mater Dei será incorporado na rede credenciada para melhor atender os beneficiários. Nosso pedido é que se faça o convênio diretamente com os hospitais para garantir a continuidade dos serviços. Continuaremos atentos às demandas caso o quadro permaneça insuficiente”, ressalta a presidenta da entidade, Maria Rosani.
ATIVA - Mas não são apenas os banespianos aposentados que têm passado por este problema. Em fevereiro do ano passado, o banco Santander mudou unilateralmente a assistência médica, prejudicando também o atendimento dos bancários no Hospital São Rafael. Além disso, os funcionários estão com dificuldades de marcar consultas e exames e, ainda, há muitos médicos não credenciados e não há reembolso. “O Banco Santander é o maior responsável pela ausência de uma cobertura médica ampla e de qualidade ao visar o lucro e não saúde de seus trabalhadores, sejam eles da ativa ou aposentados”, conclui Maria Rosani.
Fonte: Afubesp
