SÃO PAULO (SP) - Em uma decisão histórica, a Prefeitura de São Paulo oficializou no dia 29 de agosto a desapropriação do terreno do Esporte Clube Banespa, localizado em Santo Amaro, zona sul da capital. A medida, assinada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), visa transformar a área de 61 mil metros quadrados em um parque público, um complexo esportivo e uma unidade do Centro de Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Avaliado em cerca de R$ 1 bilhão, o terreno vinha sendo alvo de disputas judiciais entre o banco Santander — que assumiu o Banespa após a privatização — e a associação que administra o clube. O banco havia ingressado com uma ação para suspender o contrato de comodato, o que abriria caminho para a venda do espaço no mercado imobiliário. Com a desapropriação, essa possibilidade é descartada.
A proposta de criação do parque foi aprovada por unanimidade na Câmara Municipal, com 53 votos favoráveis. No entanto, a efetivação do projeto ainda depende do pagamento de indenização ao proprietário do terreno.
Além do parque, a construção de uma nova unidade do Centro TEA na zona sul atende a uma promessa feita pelo prefeito no início do ano, durante a inauguração da primeira unidade na zona norte. Segundo Nunes, outras três unidades serão distribuídas pelas demais regiões da cidade.
A desapropriação é vista por moradores como uma vitória, encerrando anos de incerteza sobre o futuro do espaço, que é considerado um dos últimos grandes pulmões verdes da região.